sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Menopausa cerebral


Chega uma idade na vida da gente em que pequenas questões ficam críticas. Absurdamente
vamos nos parecendo cada vez mais com nossos pais.
Cada crítica que fazíamos, cada gesto, cada tabu, cada termo arcaico que nós mesmos questionávamos. Porque falar assim??? Porque fazer assim???
São coisas que não conseguimos controlar!
A repreensão, por exemplo. Há anos nós éramos repreendidos por nossos pais por qualquer motivo.
Eu digo nós me referindo às pessoas que tiveram uma criação o mínimo rígida possível.
Posso até ser questionada aqui por falar como uma pessoa bem mais velha do que sou quando falo
que "na minha época tudo era diferente". Mas a verdade é que agora é uma época de total falta
de repreensão. Os pais estão cada vez menos questionadores e sem autoridade. E os jovens, sem ter uma noção de direção correta a seguir, vão pelo caminho que eles consideram mais confortável, mais curto,
ou até mais TEEN. É nessa hora que se confunde liberdade com libertinagem, permissividade com promiscuidade.
E cada dia temos mais manchetes desagradáveis relacionadas aos nossos jovens. Os assuntos nos assustam porque falam de violência de jovens contra jovens, jovens contra adultos, jovens drogados, jovens presos, jovens violentados, jovens mortos, (...)!
No fundo nós pensamos: "A culpa é dos pais!" Porém várias vezes é culpa do meio. Aliás, não temos como saber à quem culpar, porque ninguém entende mais a sociedade.
Existem leis para pais que querem punir seus filhos e funcionam, mas não funcionam as leis que prometem punir os culpados por aliciar, drogar e degenerar esses mesmos filhos.
Que país é esse que corrompe e ignora o grito de socorro dessa juventude, cada vez mais decadente?
Que valores são passados a cada dia para essas crianças, dentro de casa e fora dela?
A mídia as induz ao consumismo e a total depravação e nós achamos tudo muito normal: "Porque isso é coisa de jovem!" ou "É só uma criança!" ou até mesmo "Todos da turminha dele são assim!"
Eu fui uma jovem sortuda, porque tive uma família ditadora e, mesmo quando caí no mundo, revoltada com ela, consegui sair de situações brabas com firmeza pelo único motivo de que os valores e as regras ditadas à mim fincaram em mim. Se entranharam e não saíram mais. E, mesmo nas vezes em que eu caí, eu tive consciência de que a culpa era minha porque EU tinha ido além de onde minhas pernas deveriam ir.
É isso que falta hoje em dia: o pai carrasco, a mãe que pune! Umas boas palmadas na hora certa e na medida certa!
Não pensem que quero incitar a violência aos jovens. O que eu falo é que, mesmo que não seja necessário bater, ao menos que se tenha a firmeza na educação, daí não serão necessárias as palmadas nem as punições. Se a casa é construída sobre um forte alicerce, não haverá tufão capaz de destruí-la. Porém é necessário que nesse alicerce também contenha muito, muito amor, conversas e explicações!!

2 comentários:

  1. Já dizia Elis, "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais"... Podemos até nos achar repetitivas, caretas e até mesmo ridículas, mas também me criei com certos valores que nunca abrirei mão, pois serviram de alicerce prá ser quem eu sou!
    ADORO pedir a benção! kkkkkkkkkkkkkkk e abençoar também!!!!!

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