terça-feira, 25 de junho de 2013

Enlouquecendo


      As vezes acordamos felizes e dispostos a lutar pela vida, mas com o decorrer dos dias vamos reparando como pessoas agem ao nosso redor. Como conseguem ser tão pérfidas? Como conseguem agir conosco num certo momento da vida te fazendo sentir a pessoa mais especial que já existiu para ela e em outro te fazem sentir um inseto imperceptível? Elas possuem uma força negativa que nos puxam pra baixo e nos fazem pensar cada coisa... 
      Se existisse uma espécie de paredão de fuzilamento para pessoas que nos deixam para baixo, acho que o meu barraria a muralha da China! Seria visto da lua, só que das luas de marte! Mas não culpo essas pessoas, pois sei que, como todo bom "ser humano", eu também me encontraria nas encostas de um paredão de fuzilamento de outras tantas que me conheceram algum dia.
      As vezes me acho louca, as vezes me acho inteligente e capaz, as vezes me acho o lixo da humanidade e, outras poucas, a melhor pessoa do mundo. 
      Conviver com a falsidade não é fácil! Tentar ser falsa pra conseguir sobreviver entre os falsos é pior ainda!
      Se suicídio é uma prova de fraqueza não sou uma pessoa fraca, pois tento superar a ideia cada vez que me passa pela cabeça e tenho conseguido. Muito embora não tenha tido uma vida tão miserável quanto a de Charles Bukowski me enamoro das palavras dele e me sinto seduzida com tais pensamentos:

      "Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida pra esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando: em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com gás e não consegui. Mas tinha outro problema. Levantar da cama. Sempre tive ódio disso. Vivia afirmando: "as duas maiores invenções da humanidade foram a cama e a bomba atômica; não saindo da primeira, a gente se salva, e, soltando a segunda, se acaba com tudo". Acharam que estava louco. Brincadeira de criança, é só disso que essa gente entende: brincadeira de criança - passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este horror que é a vida.
      Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia recomeçar e depois que se passa a noite inteira dormindo cria-se uma espécie de intimidade especial que fica muito mais difícil de abrir mão. Sempre fui solitário. Você vai me desculpar, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não fosse por uma que outra trepadinha legal, não me faria a mínima diferença se todas as pessoas do mundo morressem. É, eu sei que isso não é uma atitude simpática. Mas ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram essas pessoas que me tornaram infeliz."



Não sei se estou enlouquecendo de verdade mas, as vezes, as poucas horas em que me acho sã me tiram o juízo!!!



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